Rio Tocantins pode ter sido contaminado em queda de ponte
A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os estados do Tocantins e do Maranhão, gerou uma grave situação de risco para a saúde pública. As prefeituras de Aguiarnópolis–TO e Estreito–MA emitiram alertas para que a população local evite o contato com as águas do rio Tocantins, que foram contaminadas após o acidente.
No final da tarde de domingo (22), diversos veículos, incluindo caminhões-tanque carregados com ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, caíram no rio, segundo a Folha de S. Paulo.
O alerta é especialmente direcionado à população ribeirinha dos dois municípios, que pode estar exposta ao risco de intoxicação, queimaduras e outros problemas de saúde. A Defesa Civil, em conjunto com outras autoridades, está monitorando a situação, que se agravou com o acidente envolvendo a ponte.
O acidente já resultou em pelo menos uma morte, com 16 pessoas desaparecidas e outras feridas.
A queda da ponte sobre o rio Tocantins
- De acordo com informações do Corpo de Bombeiros do Tocantins, as buscas por vítimas foram interrompidas no início da noite de domingo devido ao risco de contaminação das águas.
- Mergulhadores foram afastados da área até que equipes especializadas cheguem ao local para garantir a segurança das operações.
- Entre os desaparecidos estão 16 pessoas (número atualizado), incluindo duas crianças de 3 e 11 anos, moradores locais e motoristas de veículos comerciais que estavam na ponte no momento do acidente.
- A vítima já localizada é Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, moradora de Aguiarnópolis (TO).
- Além dela, um homem de 36 anos foi encontrado com vida e levado para o hospital de Estreito (MA), com uma fratura na perna.
- Entre os desaparecidos, estão motoristas de caminhões que transportavam substâncias perigosas.
Contaminação da água e impacto no abastecimento
As secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e da Defesa Civil Estadual do Tocantins, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Maranhão (Sema) e a prefeitura de Estreito lançaram um alerta para que a população evite o consumo e o banho nas águas do rio Tocantins. A recomendação se estende, no Maranhão, aos municípios de Estreito, Porto Franco, Campestre, Ribamar Fiquene, Governador Edison Lobão, Imperatriz, Cidelândia, Vila Nova dos Martírios e São Pedro da Água Branca.
Em resposta à possível contaminação, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) determinou a paralisação temporária dos sistemas de captação, tratamento e produção de água em Imperatriz, cidade localizada a cerca de 120 km de Estreito, que depende do rio para abastecimento. A Caema informou que enviará caminhões-pipa para fornecer água potável em locais públicos, como unidades de saúde e delegacias.
Investigação sobre as causas da queda da ponte
O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) informou que está investigando as causas do acidente. A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira é um fato trágico, e o órgão do Ministério dos Transportes afirmou que realizará uma apuração detalhada para determinar as circunstâncias que levaram ao colapso da estrutura.
A situação continua a ser monitorada pelas autoridades locais, que pedem prudência e cautela da população enquanto as operações de resgate e de contenção de riscos continuam.
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Rotas alternativas para motoristas
O DNIT divulgou rotas alternativas para os motoristas que transitam entre os estados. Quem está no Tocantins deve seguir pela estrada de Darcinópolis até Luzinópolis, acessar a BR-230 e seguir até o km 101, na cidade de São Bento, em seguida, pegar a estrada para Axixá e Imperatriz (MA).
Já os motoristas do Maranhão devem acessar a BR-226 em Estreito até Porto Franco, e de lá seguir pela BR-010 até Imperatriz. Essas rotas alternativas são essenciais para evitar a área de risco e garantir a segurança do tráfego.