Bebê mamute de 50 mil anos pode ser o fóssil da espécie mais bem preservado do mundo, relatam cientistas russos
Recentemente, cientistas russos revelaram uma grande descoberta para a ciência moderna: os restos bem preservados de um mamute de 50 mil anos. A carcaça foi encontrada em Yakutia, região siberiana na Rússia, e pode ser “o fóssil de mamute mais bem preservado do mundo”, relatam os estudiosos. Trata-se de uma fêmea, apelidada de Yana, e foi descoberta por cidadãos locais em uma cratera de permafrost.
Foi revelado que o bebê tinha em torno de um ano de vida quando faleceu e pesava cerca de 180 kg. Segundo a TASS, uma agência russa de notícias, a análise científica da peça estimou que a idade do fóssil encontrado é de 50 mil anos. Confira mais informações a seguir.
Para quem tem pressa:
- Moradores locais de Yakutia, região siberiana russa, encontram a carcaça de um bebê mamute na maior cratera de permafrost do mundo: Batagaika;
- Levada para estudo na Universidade Federal do Nordeste, ainda na Rússia, os testes de radiocarbono confirmaram que o mamute tem 50 mil anos de idade e era uma fêmea;
- Foi apelidada de Yana em homenagem à bacia do rio, na cratera de Batagaika, onde ela foi descoberta.
Cientistas russos revelam fóssil de bebê mamute de 50 mil anos encontrados em região da Sibéria
Yakutia é uma região siberiana localizada no Extremo Oriente da Rússia, onde o clima é muito frio. Quando parte do solo considerado permanentemente congelado (permafrost) sofre degelo, ele pode expor crateras. Dentro de uma delas, havia o fóssil de um bebê mamute que foi encontrado por moradores locais. Essa carcaça, em seguida, foi levada por autoridades competentes para ser estudada e analisada.
A carcaça foi examinada pelo laboratório do Museu dos Mamutes da Universidade Federal do Nordeste. O chefe deste laboratório, Maksim Cheprasov, contou à TASS, agência russa de notícias, que o achado pode ser “o fóssil de mamute mais bem preservado do mundo”.
As primeiras análises da carcaça do mamute revelaram detalhes cruciais: o bebê é uma fêmea que morreu por volta de 50 mil anos atrás quando tinha cerca de um ano de vida e pesava 180 kg, com 120 cm de altura e 200 cm de comprimento. Apenas outras seis descobertas parecidas foram divulgadas, sendo cinco na Rússia e uma no Canadá.
Yana, como foi apelidada pelos pesquisadores, foi encontrada na maior cratera de permafrost do mundo: Batagaika, a qual vem se expandindo desde 1960 e já revelou outros achados pré-históricos. Os moradores que a acharam “estavam no lugar certo e na hora certa”, comentou Cherpasov. “Eles viram que o mamute havia descongelado quase completamente e decidiram construir uma maca improvisada para içá-lo até a superfície”.
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Cherpasov ainda detalha que é difícil encontrar fósseis inteiros, porque as regiões do corpo que degelam primeiro são devoradas por predadores ou pássaros que estejam nas proximidades. Inclusive, os membros anteriores de Yana já haviam sido consumidos, mas a cabeça se encontrava em um notável estado de preservação.
À Reuters, agência britânica de notícias, um dos pesquisadores do museu, chamado Gavril Novgorodov, supôs que Yana provavelmente ficou presa em um pântano e “assim foi preservada por várias dezenas de milhares de anos”.
O teste de radiocarbono, uma técnica utilizada para determinar a idade de fósseis, determina que Yana possui 50 mil anos. “Esta é uma descoberta realmente única, não apenas para nossa universidade e para a ciência russa, mas também para o mundo”, disse Anatoly Nikolaev, reitor da Universidade Federal do Nordeste, à TASS.
O bebê recebeu o nome de Yana em homenagem à bacia do rio, na cratera de Batagaika, onde ela foi descoberta.