A chegada do furacão Milton colocou as autoridades dos Estados Unidos em alerta máximo. Além do rastro de destruição e o risco à vida dos norte-americanos, o Serviço Geológico dos EUA alerta que os fortes ventos podem deixar marcas duradouras na costa da Flórida.

Praias sofrerão processo intenso de erosão

Ao gerar ventos fortes e mudanças na pressão sobre o mar, os furacões podem empurrar grandes quantidades de água em direção à costa. Essas tempestades também podem gerar impactos na geografia da costa.

De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, 95% das praias da costa oeste da Flórida ficarão totalmente submersas pela água do oceano durante a passagem do Milton. Além disso, 100% das praias voltadas para o oceano sofrerão algum grau de erosão e inundação durante e após o furacão.

O excesso de água ocorre quando a água sobe mais alto do que as dunas, empurrando a areia para o interior. O processo pode remodelar drasticamente as áreas costeiras, bloqueando estradas e degradando as chamadas dunas protetoras, tornando essas áreas mais vulneráveis a futuras tempestades.

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Furacão perdeu força e se transformou numa tempestade tropical

• Antes de atingir o solo da Flórida, na noite desta quarta-feira (9), o furacão Milton já tinha provocado 19 tornados e 116 alertas de tornado, um recorde para um único dia.
• Após tocar o continente como um furacão de categoria três, Milton perdeu força rapidamente e se transformou numa tempestade tropical.
• Pelo menos dez pessoas morreram até agora em função da passagem do fenômeno climático pelos Estados Unidos.
• Os ventos provocados pelo furacão chegaram a 193 km/h no oeste da Flórida e até arrancaram o teto de um estádio na cidade de Tampa.
• O governo dos EUA pediu que quase 7,3 milhões de moradores, espalhados em 15 condados do estado deixassem a região, a maior evacuação nos últimos oito anos.
• O presidente Joe Biden descreveu o Milton como um dos piores furacões deste século.