Semeadura da soja avança e chega a 55,73% da área em Mato Grosso
A semeadura da soja 2024/25 chegou a 55,73% da área estimada na sexta-feira (25) em Mato Grosso. O levantamento mostra ainda que mesmo com o avanço semanal, os trabalhos seguem atrasados.
As informações são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo o acompanhamento de plantio, o avanço semanal foi de 30,65 pontos percentuais.
Entre as regiões do estado, a médio-norte é a mais adiantada com 73,97%, seguida do norte com 62,65% e do oeste com 60,61%.
No noroeste do estado foi plantada 60,55% da área projetada, enquanto no centro-sul 59,92%.
As regiões sudeste e nordeste são as mais “atrasadas” com 41,08% e 35,23% de suas respectivas áreas plantadas até o momento.
Ainda conforme o levantamento do Imea, ao se comparar com a média histórica, os trabalhos da atual safra estão atrasados em relação à média de 62,32% para o período em decorrência da irregularidade das chuvas.
Já em relação ao ciclo 2023/24 o atraso é ainda maior. Nesta mesma época do ano passado, Mato Grosso contava com 70,05% da área de soja plantada.
Tal atraso vem gerando apreensão entre os produtores com relação ao milho segunda safra. O alerta foi feito pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja Mato Grosso).
“Estamos aí com as chuvas chegando agora no estado de Mato Grosso. Ainda não está 100% regular, mas temos que considerar que tivemos um atraso bem expressivo esse ano no plantio da soja, o que pode comprometer a próxima safra do milho”, pontuou o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, nesta semana.
Em Campo Novo do Parecis, região oeste do estado, a soja deve ocupar cerca de 375 mil hectares no município. De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Antônio César Brólio, em entrevista do Canal Rural Mato Grosso, cerca de 30% apenas da área havia recebido as sementes.
Segundo Antônio Brólio, a soja que germinou no município perdeu o vigor pela falta de umidade, diante da escassez hídrica observada.
“A gente faz a conta de 6% a 7% dessa área de Campo Novo do Parecis que o pessoal já tirou o pé e vai esperar uns dias para a frente plantar direto o algodão. Melhor você plantar uma safra só. Mas, que seja bem plantada. Mas, temos aí uma preocupação com o milho. Sabemos que muito tarde não produz bem. Tomara que esses mapas de chuvas sejam realistas e que essas chuvas venham a cair nos próximos dias, porque estamos precisando mesmo”, disse ao Canal Rural Mato Grosso.
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