Bebê de seis meses cai da cama e morre afogado em galão com água em Cuiabá | FTN Brasil
ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Um bebê de seis meses e 15 dias morreu afogado após rolar da cama e cair dentro de um galão que era usado para drenar água de um ar-condicionado. Ele estava dormindo no momento do acidente, que foi registrado nesta quarta-feira (06), no bairro Jardim Imperial, em Cuiabá.
De acordo com informações iniciais, a mãe estava com o bebê no quarto e, enquanto ele dormia, ela precisou sair do cômodo por alguns instantes. Quando retornou não encontrou o filho na cama e logo se desesperou. Em seguida, viu que ele havia caído dentro do galão.
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Ele foi socorrido por vizinhos, que fizeram massagem cardíaca no bebê até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que o encaminhou ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Ele chegou na unidade de saúde com vida, mas não resistiu e morreu.
Equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, juntamente com peritos criminais e profissionais do Instituto Médico Legal (IML), realizaram uma investigação minuciosa no local. A análise preliminar confirmou que a versão da mãe parece plausível.
O delegado Maurício Maciel, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi acionado para fazer a liberação do corpo e explicou que foi realizado um trabalho de perícia para a confirmação da fatalidade.
O delegado plantonista ouviu a mãe e os vizinhos da família, junto com a perícia da Politec, e não foi constatado nenhum sinal de indícios de crime.
“Tudo leva a crer que a criança dormiu na caminha. A mãe saiu um pouco do quarto, quando ela voltou, uns minutos após, assustou porque não viu a criança na cama e viu a criança dentro do balde, que estava ali no quarto como um dreno para o ar-condicionado”, explicou o delegado.
Maurício Maciel disse também que a mãe, que tem outros dois filhos, ficou muito abalada com a fatalidade e que todo o trabalho de perícia, realizado pela DHPP, pelo Instituto Médico Legal (IML) e pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), foi executado com cautela para não abalar ainda mais a família.
Cuidados para prevenir acidentes domésticos com crianças
Acidentes de afogamento com crianças pequenas, infelizmente, são comuns em ambientes domésticos. Embora possam parecer inofensivos, recipientes como baldes e bacias, mesmo com pouca água, representam um grande risco para bebês. Especialistas explicam que crianças com menos de um ano não possuem força suficiente para se levantar, o que aumenta o perigo de afogamento, mesmo em pequenos volumes de água.
A Sociedade Brasileira de Pediatria alerta que recipientes com água devem sempre ser mantidos fora do alcance de crianças pequenas. Além disso, recomenda que baldes vazios sejam armazenados virados para baixo, evitando assim a possibilidade de acúmulo de água. Em casas com crianças, banheiros e áreas de serviço também precisam de atenção especial, pois objetos nesses locais podem conter água e devem ser mantidos longe do acesso das crianças.
Investigação do caso segue para conclusão
As equipes de investigação continuam trabalhando para coletar informações e provas que contribuam para a conclusão do inquérito, que ainda está em andamento. Embora os indícios iniciais apontem para um acidente doméstico, a Polícia Civil busca garantir que todos os detalhes sejam examinados e esclarecidos.
Com o laudo final, o caso deverá ser encerrado, salvo novas evidências que indiquem outra hipótese. Entretanto, até o momento, tudo indica que se trata de uma fatalidade.
Segurança infantil exige atenção constante
O caso do bebê em Cuiabá destaca a importância de manter práticas preventivas nos lares com crianças pequenas. O Ministério da Saúde revela que afogamentos figuram entre as principais causas de morte acidental em crianças no Brasil. Por isso, os responsáveis devem adotar cuidados essenciais, como manter recipientes com água fora do alcance e verificar regularmente os locais acessíveis às crianças.
Embora as investigações tratem o caso como acidente, o incidente serviu para comover a comunidade e para ressaltar a necessidade de medidas de segurança constantes nos lares. Cuidar do ambiente doméstico é uma prioridade para evitar tragédias, principalmente em casas onde há crianças pequenas que exploram e interagem sem ter ainda a percepção dos riscos ao seu redor.