Justiça solta empresária apontada como líder de esquema de pirâmide financeira no MT; usará tornozeleira | FTN Brasil
PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A empresária Taiza Tosatt Eleoterio da Silva, acusada de liderar um esquema de pirâmide financeira desarticulado pela Operação Cleópatra, teve sua prisão preventiva revogada na última quinta-feira (14). A decisão foi proferida pela juíza Débora Roberta Pain Caldas, da 2ª Vara Criminal de Sinop, e inclui medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento mensal ao fórum para comprovação de atividades, proibição de deixar a comarca por mais de 10 dias sem autorização e proibição de contato com fornecedores de medicação irregular.
“Nessa linha, não obstante a reprovabilidade das supostas condutas criminosas praticadas pelos indiciados, a serem apuradas em eventual ação penal e, se comprovadas, com a imposição das penas cabíveis, quanto à possibilidade de aguardar em liberdade o trâmite processual, faz-se viável, desde que cumpridas as cautelares impostas”, diz trecho da decisão.
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A decisão considerou que Taiza e seu companheiro, Wander Aguilera Almeida, não possuem antecedentes criminais ou reincidências que justificassem a manutenção da prisão preventiva. A juíza destacou que as condutas atribuídas ao casal ainda serão analisadas no curso da ação penal e que as medidas cautelares impostas são suficientes para assegurar o andamento do processo.
“Posto isso, acolho o pedido da defesa, em consonância com o parecer do Ministério Público, para revogar a prisão preventiva de Taiza Tosatt Eleoterio Ratola e Wander Aguilera Almeida, condicionando suas liberdades ao cumprimento das medidas cautelares abaixo delineadas, comprometendo-se no ato da soltura, a fielmente cumpri-las, sob pena de decretação de suas custódias preventivas”, decidiu.
Operação Cleópatra
A Operação Cleópatra, conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), foi deflagrada no dia 31 de outubro para desarticular um esquema de pirâmide financeira que gerou prejuízos a dezenas de vítimas em Mato Grosso. Entre os alvos estavam a empresária Taiza Tosatt Eleoterio Ratola, o ex-policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola, e o cirurgião-geral Diego Rodrigues Flores. O grupo oferecia investimentos fraudulentos, prometendo retornos de 2% a 6% ao dia, com aportes iniciais superiores a R$ 100 mil.
Taiza e seu companheiro, Wander Aguilera Almeida, foram presos no aeroporto de Sinop ao desembarcarem de uma viagem. Além das acusações relacionadas à pirâmide financeira, também foram denunciados por contrabando, porte ou posse ilegal de arma de fogo, e comércio ou estocagem de produtos falsificados. A operação incluiu mandados de busca, apreensão, e bloqueio de bens em várias cidades do estado.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso.