‘Protecionismo econômico, disfarçado muitas vezes de ambiental’, diz Acrismat sobre Carrefour

‘Protecionismo econômico, disfarçado muitas vezes de ambiental’, diz Acrismat sobre Carrefour
Publicado em 22/11/2024 às 9:49

A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) emitiu nota de repúdio nesta quinta-feira (21) quanto às declarações do CEO do Carrefour da França, Alexandre Bompard. Para a entidade, o pronunciamento da gigante do varejo que não comprará mais carnes provenientes do Mercosul “mostra mais uma vez que o protecionismo econômico, disfarçado muitas vezes de protecionismo ambiental”.

A Associação pontua ainda que tal protecionismo, principalmente de países que fazem parte da União Europeia, “querem interferir diretamente no potencial produtivo do setor agropecuário brasileiro”.

Ainda em nota a Acrismat afirma que a Lei Antidesmatamento, assim como a moratória da soja, que a União Europeia tenta impor aos produtores brasileiros, e que entra em vigência em dezembro de 2025 para grandes empresas e em junho de 2026 para pequenas e média, é mais uma que “ignora nosso código florestal e desrespeita a soberania da legislação brasileira”.

“O mundo inteiro sabe do comprometimento com a eficiência e a sustentabilidade que os produtores brasileiros possuem, e mesmo com uma das legislações mais rígidas do mundo, conseguimos produzir com qualidade e eficiência. As restrições à importação de produtos agropecuários brasileiros nada mais é que barreiras comerciais disfarçadas para proteger o mercado europeu. Não podemos mais aceitar isso. Somos o celeiro do mundo e responsável por produzirmos grande parte dos alimentos que chegam à mesa de pessoas do mundo inteiro”, diz a Acrismat.

A entidade destaca que o Brasil em relação a carne suína o Brasil é o quarto maior produtor e exportador mundial, sendo Mato Grosso o quinto maior produtor da proteína no país.

“A Acrismat reitera sua posição de não aceitar regulamentações que ignorem nossos avanços ambientais e sociais, ao impor restrições desproporcionais a produtos brasileiros. Nosso setor produtivo é um pilar da sustentabilidade global e já alcança altos padrões, refletindo nosso compromisso com um comércio justo e ambientalmente responsável”, finaliza a nota.


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