Área que ia ser usada na pecuária é transformada em reserva ecológica

Área que ia ser usada na pecuária é transformada em reserva ecológica
Publicado em 04/12/2024 às 17:59

Há cerca de 10 anos o empresário Iraceldo Luiz de Cezaro, mais conhecido como Gauchinho, adquiriu uma área, mas decidiu explorar a mesma de outra forma. Inicialmente, o intuito era desmatar e transformar para a pecuária, contudo viu na área o potencial para o ecoturismo. Ao todo, são três mil hectares de vegetação nativa em uma área de transição entre o cerrado e a mata amazônica.

A reserva ecológica Cunhataí Porã está localizada no município de São José do Rio Claro, médio-norte mato-grossense.

Antes da aquisição da área, Gauchinho conta ao MT Sustentável que chegou em Mato Grosso na década de 1980 e que durante muitos anos trabalhou na abertura de fazendas.

“Compramos isso aqui para desmatar, para a pecuária. Mas, com o tempo comecei a ver que não era o que eu queria. Comecei a ir em feiras e ver o ecoturismo mais de perto e descobri que a minha floresta ia ter mais valor em pé do que virada em cinzas. Aí resolvemos criar a Reserva Cunhataí Porã”.

Quem visita a Reserva Cunhataí Porã pode conferir belas paisagens, seja através de um passeio de barco pelo Rio Claro, cujas águas fazem jus ao nome, no qual é possível ver um espetáculo das matrixãs, principal espécie de peixes da região, ou por meio de diversas trilhas na mata, com vários exemplares nativos, como é o caso das seringueiras.

São José do Rio Claro, lembra Gauchinho, por sinal já foi uma grande produtora de látex.

“A grande maioria não conhece o látex, né? Pensa que o látex é artificial, mas é extraído dessa árvore”, pontua o empresário ao programa do Canal Rural Mato Grosso.

No total são seis trilhas que somam 12 quilômetros de contato direto a natureza. A que margeia o Rio Claro é considera especial. Não só pela sua beleza, mas pelo propósito que foi pensado para ela: a acessibilidade.

A trilha que margeia o rio possui 600 metros elevados e outros 900 metros de terra para cadeirantes.

“Eu visitei um monte de pousadas e não vi nenhuma com trilha com acessibilidade para que os cadeirantes possam desfrutar um pouco e curtir a natureza”.

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