Ex-OpenAI que questionou treinamento do ChatGPT é encontrado morto
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A Polícia de São Francisco encontrou o corpo de Suchir Balaji, ex-funcionário da OpenAI, em seu apartamento. As autoridades o encontraram em 26 de novembro, mas a informação veio à tona apenas na sexta-feira (13), por meio do site TechCrunch. Balaji tinha 26 anos.
As autoridades encontraram seu corpo após serem chamados para fazer uma verificação de bem-estar. Ainda segundo as autoridades, Balaji tirou a própria vida.
Seu nome ficou conhecido quando ele alegou publicamente que a OpenAI tinha usado dados de maneira antiética para treinar sua plataforma de inteligência artificial (IA), o ChatGPT, antes de lançá-lo.
“Estamos devastados ao saber dessa notícia incrivelmente triste hoje e nossos corações estão com os entes queridos de Suchir durante esse momento difícil”, disse um porta-voz da OpenAI em declaração.
Suchir Balaji foi pesquisador da OpenAI e trabalhou na coleta de dados para treinar o ChatGPT
Balaji trabalhou como pesquisador para a equipe técnica da OpenAI de novembro de 2020 até agosto de 2024. Em entrevista ao jornal New York Times (NYT), disse ter ajudado a OpenAI a usar grandes quantidades de dados coletados da internet sem permissão para treinar o ChatGPT.
“Inicialmente, eu não sabia muito sobre direitos autorais, uso justo [fair use], etc., mas fiquei curioso após ver todos os processos judiciais movidos contra empresas de IA generativa”, escreveu Balaji numa postagem no X (antigo Twitter) em outubro.
Quando tentei entender melhor a questão, cheguei à conclusão de que o uso justo parece uma defesa bastante implausível para muitos produtos de IA generativa, pela razão básica de que eles podem criar substitutos que competem com os dados nos quais são treinados.
Suchir Balaji, ex-pesquisador da equipe técnica da OpenAI, em postagem no X
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Em dezembro de 2023, o NYT processou a OpenAI por violação de direitos autorais. Durante uma entrevista na cúpula anual Dealbook do New York Times, o CEO da OpenAI, Sam Altman, disse que sua empresa não tinha feito nada de errado e que o jornal estava “do lado errado da história”.
Ian Crosby, sócio do escritório Susman Godfrey e principal advogado do New York Times, disse ao site Decrypt que Altman não entende a lei de direitos autorais: “O que ele não entende é que é exatamente por isso que a lei de direitos autorais existe, e há uma maneira de construir novas tecnologias que cumpra a lei e os direitos dos detentores de direitos autorais.”