A Terra deve registrar seu ano mais quente em 2024, superando o recorde estabelecido em 2023, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). Este novo marco reflete o agravamento das mudanças climáticas causadas por atividades humanas. E ocorre enquanto a cobertura de gelo marinho global atinge seu segundo nível mais baixo já registrado.

A NOAA aponta uma probabilidade superior a 99% de que 2024 ultrapasse o recorde de 2023. Isso porque as temperaturas globais registradas entre janeiro e novembro deste ano ficaram 1,28°C acima da média do século 20. Todos os continentes enfrentaram o ano mais quente já registrado – com exceção da Ásia, que teve seu segundo ano mais quente.

Calor observado em 2024 é maior do que estava previsto, dizem cientistas

Cientistas afirmam que o aquecimento observado em 2024 excede previsões anteriores, segundo o site Politico. Isso indica que a elevação das temperaturas não é apenas efeito temporário do El Niño. As tendências sugerem aceleração contínua no aquecimento global. Ou seja, é uma ameaça crescente.

O alerta da NOAA ressalta os desafios de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, conforme estipulado no Acordo de Paris. Ultrapassar essa marca temporariamente é menos preocupante do que mantê-la por décadas. Mas os cientistas alertam que as tendências observadas são consistentes com um aquecimento acelerado.

Existe a possibilidade de um ligeiro resfriamento em 2025, devido ao La Niña ou condições climáticas neutras. Mas o Escritório Meteorológico do Reino Unido prevê que o próximo ano estará entre os três anos mais quentes já registrados, com temperaturas médias 1,41°C acima dos níveis pré-industriais. Isso reforça a urgência de ações globais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

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No entanto, o site aponta que o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA pode intensificar os desafios climáticos. Isso porque ele prometeu reverter as políticas ambientais implementadas pelo atual presidente, Joe Biden. Também prometeu retirar o país do Acordo de Paris.

Em contraste, Biden priorizou medidas como o Ato de Redução da Inflação, o maior investimento climático dos EUA, que poderá enfrentar oposição republicana no ano que vem, segundo o site.