Ciclone causa mortes e destruição em ilha da África
Autoridades da ilha de Mayotte, localizada no sudeste da África, trabalham na busca por sobreviventes após a passagem do ciclone Chido. Até agora, pelo menos 11 mortes foram confirmadas, mas o Ministério do Interior da França, do qual o território faz parte, acredita que o número de óbitos pode ser muito maior.
Partes da ilha chegaram a ficar inacessíveis, o que dificulta o trabalho de resgates. Segundo o serviço meteorológico Meteo France, este foi o fenômeno mais intenso a atingir Mayotte em 90 anos.
Ventos destruíram centenas de casas
- O governo da França enviou equipes de resgate e suprimentos para a região.
- O Chido atingiu a ilha como um ciclone tropical de categoria 4.
- Ventos superiores a 220 km/h causaram grandes danos à infraestrutura, incluindo o aeroporto, destruindo bairros inteiros e deixando milhares de pessoas sem luz.
- No total, 250 pessoas ficaram feridas, mas a expectativa é que este número também aumente consideravelmente nas próximas horas.
- No domingo (15), o Papa Francisco ofereceu orações para as vítimas do fenômeno climático.
- Mayotte é considerada a ilha mais pobre da França e o território mais pobre da União Europeia.
- O território tem uma população de pouco mais de 300 mil habitantes espalhados por duas ilhas principais.
#Chido 🌪️ Soutien aux Mahorais et à nos camarades mobilisés à #Mayotte. Des renforts de gendarmes seront déployés sur place pour appuyer les équipes engagées. pic.twitter.com/iiDAjcgprU
— Gendarmerie nationale (@Gendarmerie) December 15, 2024
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Outros países podem ser atingidos pelo ciclone
Além de Mayotte, o ciclone também atingiu partes de Moçambique. Segundo as autoridades do país, dezenas de casas, escolas e até instalações de saúde foram parcial ou totalmente destruídas pela força dos ventos.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) disse que as comunidades inteiras ficaram isoladas. Já o governo da nação africana emitiu alertas para o grande risco de deslizamentos de terra na região.
Chido agora está se movendo em direção ao Malawi e ao Zimbábue. Os dois países estão em estado de alerta para a chegada do intenso fenômeno climático, que perdeu um pouco de força mas continua tendo potencial destrutivo.
O período de dezembro a março é conhecido como a temporada de ciclones no sudoeste do Oceano Índico e o sul da África. EM 2019, o Idai matou mais de 1.300 pessoas, principalmente em Moçambique, Malawi e Zimbábue. Já o ciclone Freddy deixou mais de mil mortos em vários países do Oceano Índico e do sul da África no ano passado.