Sol lança jato de plasma superveloz – a Terra pode ser atingida?
Na terça-feira (17), o Sol disparou uma ejeção de massa coronal (CME) – uma vasta pluma de plasma e campo magnético – extremamente rara do lado oculto.
Atingindo uma velocidade estimada entre 1.964 e 3.161 km/s, a CME foi registrada pelo Banco de Dados de Notificações, Conhecimento e Informação (DONKI) da NASA. Essa erupção ocorreu na face do Sol não voltada para a Terra.
Two very photogenic eruptions of plasma from the eastern edge of the Sun this morning! Neither are Earth-directed.
(Observations from the GOES/SUVI instrument). #spaceweather pic.twitter.com/OYqX2frI6r
— Dr. Ryan French (@RyanJFrench) December 17, 2024
Enquanto CMEs mais lentas normalmente levam de dois a três dias para chegar à Terra, caso o evento de terça tivesse sido direcionado ao planeta, teria chegado em menos de 18 horas.
BOOM! Big and very fast full-halo CME in LASCO imagery this afternoon. Fast, most of it cleared the C2 field of view in under 1 hour. The culprit is again an active region on the far side, likely in the southern hemisphere, near the central meridian. Wow! pic.twitter.com/HaEFcioOQy
— Jure Atanackov (@JAtanackov) December 17, 2024
Lado invisível do Sol lançou quatro CMEs em dez dias
Essa foi a quarta CME disparada do lado oculto do Sol em um período de apenas 10 dias, sugerindo a presença de uma mancha solar extremamente ativa, ainda não visível. De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, essa mancha pode ser vista em breve e gerar novas erupções, com maior probabilidade de afetar a Terra na próxima semana.
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Além desta, duas outras CMEs ocorreram na noite passada, originadas de erupções de filamentos solares localizadas no limbo sudeste do Sol – e também não direcionadas à Terra. Os filamentos solares são nuvens de gás ionizado acima da superfície do astro. Quando esses filamentos se tornam instáveis, eles podem cair de volta na estrela ou se lançar ao espaço em uma explosão, liberando uma CME.
Here’s another clip with an extended time period and wider field-of-view coronagraph imagery. The second coronal mass ejection in particular shows beautiful structure as it erupts! pic.twitter.com/W6YwbK7YkY
— Dr. Ryan French (@RyanJFrench) December 17, 2024
Instalado no Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), da NASA em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA), o coronógrafo Lasco é responsável por capturar imagens da coroa solar. O instrumento capturou uma visão detalhada das CMEs geradas pelas erupções de filamentos solares.
A segunda CME, em particular, se destacou pela estrutura impressionante durante a erupção. As observações desses eventos são essenciais para entender os potenciais impactos das CMEs no clima espacial e nas tempestades geomagnéticas que podem afetar a Terra.