Após visitar o HMC, conselheiro Sérgio Ricardo afirma que “tem gente morrendo e que vai morrer por falta de medicamentos ou especialistas” | FTN Brasil
PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, demonstrou grande preocupação com a situação da saúde pública em Cuiabá após visitar o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) na tarde de quinta-feira (12). Acompanhado pelo prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), e pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, o conselheiro Sérgio Ricardo observou as condições críticas do sistema de saúde local.
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Durante a visita, Sérgio Ricardo constatou uma crise no sistema de saúde, com falta de atendimento adequado, ausência de médicos, e falhas nos serviços prestados por empresas contratadas.
“Estamos vivendo um caos há muitos meses e agora chegamos ao caos total. Os meses de dezembro, janeiro e fevereiro também serão de caos, se não o estancarmos agora. Médicos não estão atendendo, empresas contratadas não estão prestando serviço. Os médicos entram de férias e o caos vai se alastrar”, disse Sérgio Ricardo.
Sérgio Ricardo apontou uma grave crise no sistema de saúde municipal, com os 600 leitos de UTI já completamente ocupados e uma fila de espera crescente. Segundo o conselheiro “não há resolutividade. Tem gente morrendo e que vai morrer por falta de medicamentos ou especialistas. O caos ficará maior”.
Já o prefeito eleito, Abilio Brunini, propôs a antecipação da gestão da Saúde municipal antes mesmo de sua posse oficial em 1º de janeiro. Ele justifica essa ação como uma medida urgente para evitar que a crise na saúde piore ainda mais.
“A gente começa o processo com mais celeridade, evitando que o caos piore. Viemos avaliar hoje. É a primeira vez que falo sobre esse tema, mas – se for para ser – o mais correto seria fazer uma intervenção de antecipação da gestão do próximo gestor, porque não faz o menor sentido ter dez, quinze dias. Não dá tempo de mudar a equipe e organizar a Saúde”, argumentou Abilio.