China desafia EUA após briga de chips e barra minerais essenciais
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A China proibiu, nesta terça-feira (3), a exportação dos minerais gálio, germânio e antimônio — de amplo uso militar — para os Estados Unidos, segundo a agência de notícias Reuters. A medida acontece um dia após Washington anunciar novas restrições ao setor chinês de chips, elevando ainda mais as tensões entre os dois países.
O comunicado do Ministério do Comércio do país asiático citou “preocupações de segurança nacional” para justificar a suspensão, que tem efeito imediato. Um porta-voz da Casa Branca informou que “medidas necessárias” serão tomadas, sem dar mais detalhes.
A diretriz também exige revisão do uso final de itens de grafite enviados aos estadunidenses. Para o futuro, analistas acreditam que Pequim pode interromper o fornecimento de níquel ou cobalto. A única mina de níquel nos EUA pode ficar esgotada até 2028, segundo projeções.
Gálio e germânio são essenciais para a fabricação de semicondutores, enquanto o grafite compõe a maior parte das baterias de veículos elétricos. O germânio também é usado em tecnologia infravermelha e cabos de fibra óptica. Já o antimônio é aplicado em munições e armamentos.
A China responde por 48% do antimônio extraído globalmente, 59,2% da produção de germânio refinado e 98,8% da produção de gálio refinado, segundo a consultoria Project Blue.
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Resposta ao novo mandato de Trump
- O anúncio do governo chinês ocorre após a terceira repressão em três anos à indústria de semicondutores da China;
- Na segunda-feira (2), Washington restringiu exportações dos itens para 140 empresas em solo estadunidense;
- A expectativa é por uma escalada de tensões com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, em janeiro de 2025;
- O republicano já informou que vai implementar tarifas de 10% sobre produtos chineses e ameaçou taxas de 60% sobre importações do país asiático.