Quando o assunto é desenvolver estratégias de combate ao racismo, a criatividade sempre é bem-vinda. Observando que seus alunos cometiam atos preconceituosos, com xingamentos e apelidos racistas em sala de aula, a professora Valdeny Lopes, do Colégio José Aras, localizado em Euclides da Cunha (BA), elaborou uma proposta de tabuleiro antirracista. Inspirada pelos resultados obtidos em aula, a professora Valdeny Lopes compartilhou o conteúdo do tabuleiro na comunidade de educação antirracista do Porvir no WhatsApp. 

A ferramenta fez tanto sucesso entre os integrantes que o Porvir convidou a docente para um processo de cocriação e expansão do jogo. Por meio de sua Agência de Soluções, o Porvir apoiou a professora na criação de uma nova versão do jogo, que você confere no link abaixo. Esse trabalho envolveu melhorias nas regras, no leiaute e no conteúdo do jogo, aproveitando a ideia original que a professora já havia implementado. 

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Lançado nesta segunda-feira (7), o Jogo de Tabuleiro Antirracismo na Escola ganhou novo design e novas cartas de ação, que trazem informações sobre legislação, sugestões de leitura e nomes importantes do movimento negro. As cartas de ação incentivam os estudantes à pesquisa online, mas, pensando em escolas com baixa conexão de internet, o material inclui um livreto com as principais informações contidas no tabuleiro para uma experiência também offline. Após preencher um formulário, você terá acesso a um arquivo compactado em formato .zip (clique duas sobre ele e você terá acesso ao conteúdo do jogo em 3 PDFs).

“É um prazer contribuir com educadores de todo o Brasil por meio desse jogo, auxiliando na criação de espaços de diálogo e reflexão onde os jogadores são levados a refletir sobre suas próprias atitudes e o impacto do racismo na comunidade escolar e na sociedade”, destaca a professora.

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Como funciona o jogo

O trajeto do jogo contém ações positivas e negativas para que os estudantes possam refletir a respeito do assunto. Seguindo a mesma lógica de avanço e recuo, o recurso didático desenvolvido pela docente é voltado para estudantes do ensino fundamental, mas também pode ser usado no ensino médio. 

Partindo de aprendizados durante seu mestrado em Letras na Universidade Federal de Sergipe, a professora Valdeny aplicou o jogo em pequenas oficinas na escola, tendo como base as leituras que estava fazendo para sua pesquisa. O jogo acabaria se tornando parte da sua experiência acadêmica.

O tabuleiro foi apenas uma das ações de conscientização promovidas na escola onde a professora atua. Valdeny contou ao Porvir que foram aproximadamente 20h de oficinas trabalhando o tema.

A culminância do projeto “Semeadores em ação: Literatura afro-brasileira contra o racismo na escola” levou ao pátio da escola apresentações musicais, dramatizações, infográficos, um jogo da memória e outras ações, como a criação de uma playlist de afirmação de identidade, um podcast e outros materiais. Todo o conteúdo está reunido nesta página do Padlet.

Outras ferramentas pedagógicas 

A produção da professora Valdeny Lopes não parou neste projeto. Ainda no mestrado, ela trabalhou o tema “Vozes literafro-brasileira: promovendo a identidade e diversidade na escola”, que tinha como objetivo central o letramento literário e a formação crítica de estudantes dos anos finais do ensino fundamental. 

O produto final foi um caderno pedagógico contendo sequências didáticas e sugestões de atividades e oficinas que abordam o incentivo à leitura por meio de uma perspectiva antirracista. 

Baixe o jogo e compartilhe o resultado conosco!

Queremos saber como foi sua experiência em sala de aula! Inclua uma fase para que os jogadores apresentem suas experiências e reflexões, destacando a importância da igualdade racial na sociedade. Compartilhe conosco como foi aplicar o jogo com sua turma! Escreva para [email protected], com o título: Jogo de Tabuleiro Antirracismo na Escola.