Empresa demite toda equipe para usar IA, mas…
Caso aconteceu em uma empresa do Canadá e, segundo especialistas, evidencia os limites do uso da IA no mercado de trabalho
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O avanço da inteligência artificial promete transformar o mercado de trabalho. No entanto, existem discussões sobre os riscos relacionados à adoção em massa da tecnologia por empresas de todo o mundo.
Um dos maiores temores é que este cenário crie uma onda de demissões. O futuro ainda é incerto, mas um caso que aconteceu no Canadá pode ajudar a entender qual o papel da IA e até onde ela pode ser utilizada pelas companhias.
Mudança durou pouco tempo
De acordo com reportagem da TechGiG, uma empresa de desenvolvimento de software canadense decidiu demitir toda sua equipe de programadores, apostando exclusivamente em ferramentas de inteligência artificial para realizar o trabalho.
Wes Winder, fundador da empresa, anunciou nas redes sociais que havia demitido todos os desenvolvedores de sua equipe para substituí-los por três IAs (o1, Lovable e Cursor). Em um post no X (antigo Twitter), ele afirmou que a adoção da tecnologia tornou todos os processos 10 vezes mais rápidos.
Poucos dias depois, no entanto, o mesmo Winder publicou no LinkedIn um anúncio de vagas para programadores experientes. A oferta de emprego exigia que os profissionais tivessem habilidade em ferramentas como React, Remix e Supabase.
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IA não deve substituir completamente os programadores
- A reviravolta gerou uma avalanche de críticas na internet.
- Usuários questionaram a visão do empresário sobre o futuro da tecnologia e apontaram a falta de planejamento em sua abordagem.
- Em resposta, Winder reconheceu que “aprendeu muitas lições diferentes” e afirmou que o contexto de sua decisão havia sido mal interpretado, embora não tenha dado detalhes específicos sobre o assunto.
- Embora ferramentas de inteligência artificial estejam transformando o modo como desenvolvemos software, especialistas concordam que o papel dos programadores continuará sendo essencial.
- Estes profissionais provavelmente assumirão funções mais estratégicas, como orientar IAs, criar novos produtos e revisar os resultados gerados por máquinas.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital
Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.