EUA lançam nova investigação sobre chips chineses

EUA lançam nova investigação sobre chips chineses
Publicado em 24/12/2024 às 0:05

O governo Biden iniciou uma investigação sobre semicondutores “legados” produzidos na China, que podem ser utilizados em produtos cotidianos, como automóveis, máquinas de lavar e equipamentos de telecomunicações. As informações são da Reuters.

A investigação visa proteger os produtores americanos e evitar a dependência excessiva de chips chineses no fornecimento doméstico. A ação foi lançada às vésperas da transição de governo, com a conclusão prevista para janeiro, quando será entregue ao governo de Donald Trump.

Os chips legados, ou legacy chips, fabricados com tecnologias mais antigas, são simples e mais comuns em dispositivos como eletrônicos de consumo, ao contrário dos chips usados ​​em aplicações de IA ou microprocessadores sofisticados.

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Boa parte dos produtos americanos usam chips chineses

  • A pesquisa do Departamento de Comércio dos EUA revelou que dois terços dos produtos americanos utilizam chips legados chineses, sendo que metade das empresas do setor desconhecia sua origem, incluindo algumas no setor de defesa.
  • O Ministério do Comércio da China reagiu, considerando a investigação uma prática “protecionista” que prejudica empresas americanas e ameaça a cadeia global de fornecimento de chips.
  • A investigação será conduzida sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, mesma base legal usada por Trump para impor tarifas sobre importações chinesas.

O governo Biden pretende realizar uma audiência pública em março, antes de avaliar o impacto dos chips importados em produtos essenciais, incluindo itens para defesa, automóveis e dispositivos médicos.

Além disso, a pesquisa investigará a produção chinesa de substratos de carboneto de silício e wafers para fabricação de semicondutores. A pandemia de Covid-19 acelerou os esforços dos EUA para reforçar sua cadeia de suprimentos de semicondutores, com novos investimentos no setor.

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