Governo Federal irá lançar Plano Nacional para Desenvolvimento Ferroviário, afirma ministro dos Transportes | FTN Brasil
PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
O governo federal está se preparando para lançar um plano nacional voltado para o desenvolvimento ferroviário, com previsão para a primeira quinzena de fevereiro. A informação foi compartilhada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, durante uma entrevista no programa “Bom Dia, Ministro,” da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
“Tive uma primeira conversa com o presidente Lula, apresentando a ele a carteira de projetos. O presidente aprovou e nós estamos organizando para fazer o lançamento nos primeiros dias de fevereiro. Na primeira quinzena do mês de fevereiro”, disse.
O ministro destacou a necessidade de desassociar as ferrovias das áreas urbanas e centrais das cidades brasileiras, sugerindo uma reestruturação que possa melhorar a logística e a segurança nas áreas urbanas.
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“Vamos divulgar os projetos, discutir com o mercado e com os investidores. Vai ser super relevante porque é muito necessário que a gente retire carga e coloque nas ferrovias para evitar os conflitos rodoviários que o Brasil ainda vive”, afirmou Renan Filho.
De acordo com o ministro, existe uma grande preocupação com a infraestrutura urbana e a convivência entre o transporte ferroviário de cargas e a vida urbana, especialmente em uma cidade do porte de São Paulo. A passagem de trens carregados de minério pelo centro da cidade, o que pode ser considerado um fator de poluição, barulho e congestionamento, afetando a qualidade de vida dos moradores.
“Você chega em São Paulo, o trem da MRS, carregado de minério, passa pelo centro, do lado do mercado. Passa ali uma ferrovia. Aquilo é incongruente com uma cidade da dimensão de São Paulo. A gente precisa, cada vez mais, revisar isso.”
“Não dá para mudar totalmente porque elas [as ferrovias] foram construídas em outro momento, fazem muitas curvas e, com essas curvas, não dá para aumentar a velocidade. Se não tem velocidade, não compete com ônibus, caminhão e van. É um trabalho complexo, precisa de investimento público pesado, de massa”, concluiu.