Guerra tecnológica entre EUA e China deve aumentar com Trump
Tudo sobre China
Donald Trump iniciou uma guerra tecnológica contra a China durante seu primeiro mandato, mas a próxima administração enfrentará desafios ainda maiores para concluir essa disputa, como relatado pelo The Washington Post.
Ex-funcionários indicam que a equipe de Trump será mais agressiva, expandindo as medidas contra o desenvolvimento tecnológico chinês, como tarifas e controles de exportação, com a intenção de prejudicar setores-chave, como inteligência artificial (IA), chips e outras tecnologias emergentes.
A abordagem será mais assertiva, buscando agir rapidamente, mesmo que isso cause tensões comerciais. O foco está em tecnologias críticas que sustentam o poder militar e econômico de ambas as nações, com destaque para os algoritmos de IA e os chips de precisão.
Segundo Nazak Nikakhtar, ex-secretária-assistente do Departamento de Comércio de Trump, a nova administração pode introduzir regras mais rígidas, além de revisar as lacunas nas políticas anteriores que permitiram à China contornar restrições.
Leia mais:
Tecnologia chinesa nos EUA terá ainda mais barreiras
- A atual política de Washington, que busca desacelerar o progresso tecnológico da China e acelerar a inovação doméstica, continuará com o governo Trump, embora com mudanças táticas;
- Espera-se que Trump priorize o uso de tarifas para equilibrar o comércio e dificultar a entrada de produtos tecnológicos chineses nos EUA, além de pressionar seus aliados a aderirem aos controles de exportação;
- No entanto, essa abordagem tem seus riscos, especialmente no que diz respeito ao impacto nos preços ao consumidor e à viabilidade a longo prazo de programas como o CHIPS for America, que visa revitalizar a produção de chips nos EUA;
- A administração Trump precisará equilibrar os custos associados a esses programas visando fortalecimento da indústria nacional, sem prejudicar a economia interna com aumentos de preços para os consumidores.
Em resumo, a guerra tecnológica contra a China, iniciada por Trump, continuará com ainda mais intensidade em sua próxima administração, com ênfase em controles severos e tarifas, mas, também, com desafios significativos para garantir a competitividade tecnológica dos EUA.