Moedas de ouro roubadas de naufrágio de 1715 são recuperadas
Alguns naufrágios guardam verdadeiros tesouros no fundo do mar. Por conta disso, existem expedições para resgatá-los e conservá-los. No entanto, também há quem tente se aproveitar e roubar objetos valiosos do passado.
Nos Estados Unidos, por exemplo, autoridades recuperaram 37 moedas de ouro roubadas de vários naufrágios do século XVIII na costa da Flórida. A coleção faz parte de um tesouro de mais de 100 moedas inicialmente descobertas em 2015 e está avaliada em mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 6 milhões).
Tesouro afundou durante viagem para a Europa
De acordo com a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida (FWC), uma equipe contratada para investigar naufrágios espanhóis perto de Vero Beach teria ficado com metade do material recuperado.
Os navios estavam carregados de ouro e prata extraídos das colônias da América e que seriam transportados para a Europa. A ideia era usar os recursos para ajudar a pagar as contas da coroa espanhola.
A frota saiu do porto de Havana, em Cuba, no dia 24 de julho de 1715 e acabou sendo atingida por um furacão na costa leste da Flórida apenas alguns dias depois. No total, 11 dos 12 navios afundaram e centenas de marinheiros morreram afogados. Além disso, cerca de US$ 400 milhões (quase R$ 2,4 bilhões) em ouro e prata acabaram no fundo do oceano.
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Ao todo, 37 das 50 moedas foram recuperadas
- Três séculos depois, uma equipe contratada para resgatar objetos valiosos de naufrágios anunciou que havia encontrado 51 moedas de ouro no valor de US$ 1 milhão.
- Eles, no entanto, não divulgaram que haviam descoberto e ficado com outras cerca de 50 moedas.
- As investigações apontaram que três das moedas roubadas foram devolvidas ao fundo do oceano em 2016 para evitar suspeitas.
- Várias outras acabaram sendo vendidas entre 2023 e 2024, de acordo com um comunicado da Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida.
- Ao todo, 37 das 50 moedas foram recuperadas.
- Elas agora serão devolvidas aos seus legítimos custodiantes, enquanto o restante do tesouro segue sendo procurado.