Nasa adapta Cessna 208 para operar avião de forma remota

Nasa adapta Cessna 208 para operar avião de forma remota
Publicado em 17/01/2025 às 11:32

A Nasa está trabalhando com uma empresa de robótica para tentar criar um modelo de avião de carga pilotado remotamente. A pesquisa começou em novembro de 2024 em parceria com a Reliable Robotics.

“Sistemas de aeronaves pilotadas remotamente poderiam eventualmente entregar carga e pessoas para áreas rurais com acesso limitado a transporte comercial e serviços de entrega”, disse Shivanjli Sharma, engenheiro aeroespacial da NASA, em um comunicado.

Os primeiros experimentos foram feitos em um Cessna 208 Caravan, na Califórnia. O avião foi modificado seguindo especificações da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) e percorreu uma rota de 80 quilômetros.

Embora houvesse um piloto de segurança a bordo, um piloto remoto da Reliable Robotics comandou o voo de seu centro de controle em Mountain View, a mais de 80 quilômetros de distância.

Piloto Danah Tommalieh acompanha voo de teste (Imagem: Nasa/Divulgação)

Os operadores acompanharam o tráfego aéreo a partir de um sistema de vigilância terrestre da Collins Aerospace, uma das maiores fornecedoras de equipamentos aeroespaciais e de defesa dos Estados Unidos.

Ao captar a presença de objetos nas proximidades do voo, a tecnologia avisa o piloto remoto para manter a aeronave longe de qualquer perigo. Para a Nasa, o sistema se mostrou eficaz para táxi, decolagem e pouso.

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O que vem a seguir?

A agência espacial espera utilizar a tecnologia como suporte a voos de carga pilotados remotamente, assim como vem sendo testado por outras empresas que operam táxis aéreos em grandes cidades, os chamados VTOLs.

Cabine da aeronave Cessna 208 equipada com tecnologia autônoma (Imagem: Nasa/Divulgação)

“Embora as regras operacionais atuais da FAA exijam que os pilotos vejam fisicamente e evitem outras aeronaves de dentro da cabine, aeronaves pilotadas remotamente de rotina exigirão um conjunto de tecnologias integradas para evitar perigos e se coordenar com outras aeronaves no espaço aéreo”, diz o comunicado da agência.

Para este ano, a Nasa espera trabalhar com parceiros de aviação para testar serviços meteorológicos, sistemas de comunicação e outras capacidades autônomas. Ao final do processo, os dados serão enviados para análise da FAA e agências reguladoras. 

“Entre outros benefícios, as operações remotas podem fornecer melhor acesso à assistência médica, reforçar os esforços de resposta a desastres naturais e oferecer transporte mais sustentável e eficaz para comunidades rurais e urbanas”, avalia Sharma.