O mundo caminha para ‘apocalipse energético’, alerta estudo
O fornecimento global de eletricidade renovável não será capaz de atender à crescente demanda de dados digitais até 2025. Em outras palavras, o mundo caminha em direção a um “apocalipse energético”. Ou “de dados“. Como preferir.
É isso que alerta uma nova pesquisa da Universidade de Loughborough, na Inglaterra. Os pesquisadores Vitor Castro, Tom Jackson e Ian Hodgkinson, acadêmicos da Loughborough Business School, apontam o risco iminente num artigo sobre a pesquisa, publicado na revista Energy Policy.
Fornecimento global de energia não vai conseguir acompanhar aumento da demanda por dados, diz estudo
A pesquisa também prevê que, com base nas projeções energéticas atuais, o fornecimento global de eletricidade não conseguirá acompanhar o aumento da demanda de dados digitais na próxima década.
Para você ter ideia, se o consumo de dados continuar sem controle, a demanda energética gerada por dados poderá superar a produção global até 2033.
As previsões da equipe servem como apelo para que formuladores de políticas, líderes da indústria e o ecossistema digital tomem medidas imediatas, promovendo políticas que priorizem:
- Eficiência energética;
- Redução do desperdício de dados;
- Transição para infraestrutura digital mais “verde”.
Isso não é apenas um desafio técnico; é uma necessidade social. Precisamos mudar de um crescimento impulsionado pelo consumo para práticas sustentáveis que alinhem os avanços digitais com os limites ecológicos.
Vitor Castro, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, em comunicado
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Demanda energética da produção e consumo de dados
Dados digitais são gerados por pessoas em todas as partes do mundo. E a produção e o consumo desses dados crescem rapidamente. Apenas os centros de dados (data centers) consomem mais energia do que todo o Reino Unido.
- Fato curioso (e preocupante): Estima-se que 65% dos dados armazenados nesses centros sejam “dark data” (ativos digitais usados apenas uma vez e depois esquecidos).
O grupo Digital Decarb Design da universidade pede ações urgentes para enfrentar os desafios ambientais causados pelo crescimento desenfreado dos dados digitais.