Parceria estratégica com produtores permite avanço de ferrovia em Mato Grosso
Os trabalhos de expansão dos trilhos da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo, em Mato Grosso, seguem a todo vapor. Para a execução do projeto, que tem mais de 700 quilômetros de extensão, parcerias com mais de mil proprietários de áreas rurais foram feitas. Isso porque, o trem deverá passar por dentro das propriedades.
Entre as propriedades cadastradas está a da pecuarista e produtora de grãos Sirleia Strobel em Rondonópolis. Para ela o sentimento é de estar “contribuindo para o desenvolvimento do estado”.
“As negociações foram respeitosas, considerando os transtornos que o traçado dos trilhos poderia trazer para as nossas atividades. Além disso, eu sinto que estou contribuindo para o desenvolvimento do estado, uma vez que a expansão da logística é essencial para aumentar a nossa competitividade,” afirma a produtora rural.
A largada para a expansão dos trilhos da Ferrovia Estadual de Mato Grosso, a primeira do Brasil, foi dada no dia 7 de novembro de 2022 em Rondonópolis. Na ocasião foi anunciado que os investimentos podem chegar a R$ 15 bilhões para a expansão dos trilhos.
A ferrovia autorizada conta com dois ramais. Um ligando Rondonópolis até Cuiabá e outro ligando Rondonópolis até Lucas do Rio Verde.
Traçado em meio as propriedades
A Rumo comenta que, até o final do ano de 2024, as equipes responsáveis pelo setor de Gestão Fundiária da empresa realizaram mais de mil contatos diretos com proprietários de áreas rurais que poderão ser utilizadas para passagem do traçado previsto da ferrovia, de Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, com um ramal para Cuiabá.
Somente o primeiro trecho em obras, que corresponde a 162 quilômetros do projeto da Ferrovia Estadual, demandou aproximadamente 180 negociações.
A Rumo explica que as equipes do setor de gestão fundiária são as primeiras a fazer contato com os proprietários de imóveis que possuem áreas atingidas pelo traçado da ferrovia. Ela salienta ainda que antes de realizar as negociações e dar início às obras, as equipes trabalham em conjunto com o setor de engenharia para a definição de viabilidade do traçado dos trilhos.
Conforme a empresa, é nesta etapa que são realizados os estudo detalhados, como levantamentos topográficos, sondagens e avaliações de solo, além de identificação dos proprietários das áreas e análises sobre a dinâmica das propriedades afetadas, bem como as soluções que devem ser agregadas ao projeto para minimizar possíveis impactos em sua capacidade produtiva.
A Rumo frisa ainda que o acesso às propriedades é solicitado com antecedência, para que os estudos possam ser conduzidos de forma criteriosa, uma vez que nenhuma negociação pode ser realizada sem que a área seja previamente avaliada e aprovada.
“Nosso foco é assegurar que a propriedade continue sendo produtiva. Esse cuidado gera um ambiente de confiança e colaboração, onde os proprietários sentem-se seguros e alinhados com as expectativas do projeto. Mesmo sendo áreas declaradas de utilidade pública, a Rumo não atua de forma unilateral. O respeito às pessoas e ao diálogo é parte essencial do processo, o que tem resultado em uma aceitação positiva, com mais de 90% das negociações de servidão sendo realizadas de forma amigável”, pontua Stefani Age, gerente de Meio Ambiente e Gestão Fundiária da Rumo.
A Ferrovia Estadual de Mato Grosso é considerada um projeto inovador, de longa extensão e que exige uma estrutura diferenciada para a execução plena e sustentável dos serviços. Diante disso, a Rumo revela ter desenvolvido um avançado sistema de georreferenciamento, que promove o monitoramento e gerenciamento das ações entre os envolvidos no projeto, sejam os responsáveis técnicos pela obra, construtores ou proprietários das áreas rurais impactadas pela ferrovia.
Chamada de “Fundiar”, a plataforma visa garantir o alinhamento e divulgação das ações executadas durante a obra, além de manter um canal de comunicação direto e transparente com todos os parceiros.
O sistema faz acompanhamento das obras em cada propriedade, em tempo real. Equipes dedicadas vistoriam as atividades nas propriedades, mantendo contato próximo aos proprietários e garantindo a rápida resolução de possíveis problemas e o respeito aos acordos e às atividades rotineiras realizadas nas propriedades.
“Com equipes dedicadas e o suporte do Fundiar, conseguimos assegurar que todas as movimentações sejam feitas de forma respeitosa, preservando as atividades produtivas e os recursos naturais das áreas impactadas”, diz Stefani Age.
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