Pix e parcelamento sem juros são os queridinhos

Pix e parcelamento sem juros são os queridinhos
Publicado em 11/12/2024 às 2:46

O parcelamento sem juros e o Pix foram as principais estratégias adotadas por lojistas para atrair clientes na Black Friday deste ano. A conclusão é do Estudo de Pagamentos Gmattos, antecipado ao Valor Econômico, que analisou dados de 59 lojas on-line.

O parcelamento médio sem juros no cartão de crédito chegou a 6,7 vezes, maior prazo desde 2022, o que fez despencar o uso de boletos para o menor patamar histórico. Em alguns casos, o parcelamento foi feito em até 18 vezes, o que não se via há três anos.

Já o Pix foi a grande aposta para compras à vista: quase metade dos estabelecimentos concedeu algum tipo de desconto ou benefício para esse tipo de pagamento. Isso inclui pontuação em dobro em programas de fidelidade, frete grátis ou redução de até 15% no valor da mercadoria.

Pix é o queridinho de lojistas para compras à vista (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

Recentemente, um estudo do Banco Central mostrou que o Pix fez cair quase pela metade o uso de dinheiro físico no Brasil. Para 64,9% dos entrevistados, o recurso foi escolhido como o meio de pagamento preferido, ficando à frente das notas físicas, mencionadas por 55,7% das pessoas.

Carteiras digitais também ficaram mais populares na Black Friday deste ano. O Nupay, do Nubank, foi utilizado em 43% dos e-commerces, contra 39% do PayPal e 22% do Google Pay.

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Uso de boletos despenca na Black Friday (Imagem: Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock)

Resultado da Black Friday sinalizaria o início do fim do boleto?

  • O estudo mostrou que a oferta de boleto entre os lojistas caiu para 37,3%, menor índice já registrado;
  • Na edição do evento do ano passado, a modalidade estava presente em 61% das lojas analisadas;
  • A retração evidencia tendência do setor em relação aos meios de pagamentos e, também, a dificuldades logísticas com o estoque durante períodos promocionais sem a transação imediata do boleto, segundo a pesquisa;
  • O débito também se mostrou menos presente: esteve disponível em apenas 10% das lojas, contra 11,9% no mesmo período de 2023.