Saiba quais lotes de leite em pó proibidos pela Anvisa vencem este mês | FTN Brasil
RAVENNA ALVES
DO METRÓPOLES
Os seis lotes do suplemento infantil Nutramigen LGG que tiveram a comercialização proibida no Brasil em janeiro de 2024 chegam à data de validade este mês. O produto foi suspenso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após a suspeita de contaminação bacteriana. A medida foi tomada de forma preventiva, e não foi identificada a importação de nenhum dos lotes para o país.
Os últimos produtos comprados no exterior deixam de valer este mês, terminando o processo. O leite em pó Nutramigen LGG, amplamente utilizado na alimentação infantil, é fabricado pela Reckitt/Mead Johnson Nutrition nos Estados Unidos. O produto foi citado em um comunicado da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, por possível contaminação por Cronobacter sakazakii, levando à recomendação de recolhimento voluntário dos lotes.
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Dados da FDA mostram que os lotes contaminados foram vendidos para outros países, incluindo Argentina, Bélgica, Belize, Canadá, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Irlanda, Israel, Jamaica, México, Nicarágua, Peru, Polônia, Espanha, Reino Unido e Venezuela. A recomendação é descartar o suplemento.
Lotes de leite proibidos
Os seis lotes atingidos têm código de barras 300871239418 ou 300871239456 e prazo de validade até janeiro de 2025. Os lotes são:
- ZL3FHG;
- ZL3FMH;
- ZL3FPE;
- ZL3FQD;
- ZL3FRW;
- ZL3FX.
O que é Cronobacter sakazakii?
A Cronobacter sakazakii é uma bactéria pertencente ao gênero Cronobacter spp., com maior risco de infecção para recém-nascidos, especialmente os de baixo peso — com menos de 2,5 kg —, prematuros e imunocomprometidos que necessitam de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Apesar de raros, casos em adultos e crianças com mais de 12 meses também podem ocorrer.
“Esse grupo de bactérias pode causar meningite, enterocolite necrosante, bacteremia e septicemia. Além disso, as complicações podem deixar sequelas irreversíveis e apresentam uma alta taxa de mortalidade em grupos de risco”, alertou a Anvisa em nota.