Sem chuva, Mato Grosso planta apenas 0,27% da área de soja
Ainda de olho nas nuvens, os produtores de Mato Grosso seguem cautelosos com o plantio da soja 2024/25. Em duas semanas de trabalho, apenas 0,27% dos 12,6 milhões de hectares para a temporada receberam as sementes.
A informação foi divulgada na última sexta-feira (20) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Segundo o levantamento, a região médio-norte é a mais “adiantada” com a semeadura da soja com 0,55%, seguida do sudeste com 0,37%.
A região centro-sul, por sua vez, plantou apenas 0,23%, enquanto a oeste 0,18%.
Ao noroeste de Mato Grosso os produtores de soja já levaram as sementes para 0,06% e ao norte para 0,04%.
A região nordeste até sexta-feira era a única que não havia iniciado o plantio.
Considerando a média histórica, levando em conta o calendário anterior, com semeadura a partir de 16 de setembro, os trabalhos estão “levemente atrasados”. A média para o período é de 0,84%.
Já em relação a temporada 2023/24, na qual os produtores puderam iniciar em 1º de setembro, mediante solicitação de plantio excepcional, se observa um “atraso” um pouco maior. No ano passado nesta época 1,82% da área estava plantada.
Produtores esperam as chuvas
Em entrevista ao programa Mercado & Compahia, do Canal Rural, na terça-feira (17), o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, frisou que observando o histórico do estado, os produtores já estariam plantando a soja. Porém, como as chuvas ainda não ocorreram a cautela prevaleceu.
A questão também é observada nas áreas de irrigação, devido aos baixos volumes de água nos reservatórios.
O superintende do Instituto ressaltou ainda que, as previsões meteorológicas apontam baixos volumes de chuvas em Mato Grosso na segunda quinzena de setembro, vindo a se “normalizar” na segunda quinzena de outubro, o que traz certa preocupação em torno do estabelecimento da janela da segunda safra tanto de algodão quanto de milho.
“Então, esse momento é um sinal de alerta. É um cuidado. Os produtores têm essa preocupação do desenho das chuvas, principalmente nesse começo de outubro, que é onde começamos a ver os produtores a intensificarem o plantio”.
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