Sonda Lucy se aproxima da Terra – saiba como vê-la passar
Lucy é uma espaçonave da NASA lançada para estudar um número recorde de 11 objetos do Sistema Solar em uma única missão – sendo os principais destinos os chamados asteroides troianos de Júpiter (aqueles que seguem a mesma órbita do planeta).
A sonda já passou perto de três dos alvos: o Dinkinesh e suas duas luas, descobertas em 2023 e confirmadas em maio deste ano (o que acrescentou um item à lista original de 10 corpos celestes a serem investigados pela missão).
Em 2025, Lucy visitará o asteroide Donaldjohanson antes de seguir para os troianos propriamente ditos.
Para alcançar seu destino, a nave precisará de um empurrão da Terra. Nesta sexta-feira (13), ela passará a apenas 350 km da superfície do planeta, mais próximo do que a órbita da Estação Espacial Internacional (ISS). Isso ajudará Lucy a ganhar velocidade, sendo acelerada em 7,2 km/s, um impulso crucial para que a missão prossiga em direção aos asteroides troianos.
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Essa manobra será visível no céu, e o Virtual Telescope Project (Projeto Telescópio Virtual), um serviço prestado pelo Observatório Astronômico Bellatrix, com sede em Roma, na Itália, vai transmitir em tempo real nesta madrugada, a partir da 1h30 da manhã (pelo horário de Brasília), no YouTube (neste link).
Após a aceleração, a sonda Lucy seguirá para o primeiro grupo de asteroides troianos, os que precedem Júpiter em sua órbita, com a primeira parada marcada para 2027. Em agosto, ela visitará Eurybates, seguido por Polymele no mês seguinte. Em 2028, serão explorados os asteroides Leucus e Orus, e, em 2030, Lucy retornará à Terra. Três anos depois, a espaçonave fará um novo sobrevoo em direção aos troianos que seguem Júpiter, com destaque para os asteroides binários Pátroclo e Menoetius.
Os asteroides troianos são considerados “fósseis” porque se acredita que sejam blocos primitivos que não sofreram grandes mudanças desde a formação do Sistema Solar. O nome da missão é inspirado na nossa famosa ancestral humana, Lucy, cujo descobrimento foi crucial para a paleontologia. Por sua vez, o asteroide Dinkinesh recebeu o nome etíope do fóssil, que significa “você é maravilhoso”.