Ventos e vegetação densa; desafios contra incêndios florestais em Mato Grosso do Sul continuam | FTN Brasil

Ventos e vegetação densa; desafios contra incêndios florestais em Mato Grosso do Sul continuam | FTN Brasil
Publicado em 08/12/2024 às 15:43

PAULA VALÉRIA

DA REDAÇÃO

Os incêndios florestais no Pantanal têm sido um desafio constante, e o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul tem desempenhado um papel crucial na luta contra essas queimadas. No 95º dia de combate, os bombeiros trabalham em colaboração com diversas forças federais, incluindo brigadistas do Ibama, a Força Nacional e as Forças Armadas. Esses esforços combinam ações de agentes em solo e o uso de equipamentos especializados para conter e extinguir os incêndios. A parceria entre essas entidades é fundamental para enfrentar a extensão e a intensidade das queimadas no Pantanal, preservando esse importante bioma.

O panorama no Pantanal permanece desafiador, especialmente devido às condições climáticas adversas. Após uma semana de clima favorável, com aumento de umidade e redução do calor, os fortes ventos que mudam de direção rapidamente têm dificultado significativamente as operações de combate aos incêndios. Essas variações climáticas complicam a contenção das chamas e exigem adaptações constantes nas estratégias dos bombeiros e das forças de apoio envolvidas.

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As rajadas superiores a 30 km/h contribuem para a reignição de chamas em áreas já afetadas. Não há perspectiva de melhora meteorológica nos próximos dias, conforme a previsão do tempo.

Pontos críticos

No norte de Corumbá, especificamente na região do Porto Sucuri e Paraguai Mirim, as equipes conseguiram controlar todos os focos ativos, concentrando-se agora em ações de rescaldo e monitoramento contínuo. No entanto, áreas como Pantanal do Nabileque e Nhecolândia, ao sudeste da cidade, enfrentam desafios persistentes, uma soma de ventos e vegetação densa.

O foco mais preocupante atualmente está próximo ao Buraco das Piranhas, na região do município de Miranda, onde três pontos ativos têm desafiado os esforços de contenção. O trabalho noturno proporcionou algum progresso, mas a situação continua delicada.

Lá também atuam aeronaves Air Tractor, do Corpo de Bombeiros, e a KC-390 da Força Aérea, além de helicópteros da frota da CGPA (Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo. Esses instrumentos auxiliam no reconhecimento, monitoramento e resfriamento dos pontos quentes. O trabalho se concentra principalmente em linhas de proteção avançadas para evitar que as chamas se aproximem da áreas compreendida pelo Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro.

Já a sudeste de Corumbá, na região do Rio Abobral, existem dois focos ativos que estão sendo monitorados pelas equipes presentes no local. Após sobrevoo do helicóptero da Marinha, foram verificados pontos de fumaça dentro da área queimada nessa região, além do foco ilhado entre o rio Paraguai e a área queimada, que já havia sido identificado anteriormente.

As guarnições continuam realizando vigilância, monitoramento e controle dos pontos de calor para evitar a reignição das chamas. A operação mobiliza um grande contingente de recursos humanos e materiais, com cerca de 92 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul diretamente envolvidos no combate ao fogo. Eles são apoiados por 64 militares da Força Nacional, além de agentes do Ibama, ICMBio e brigadistas do PrevFogo. Essa colaboração extensa é crucial para enfrentar os desafios impostos pelos incêndios no Pantanal.